sábado, 18 de abril de 2009

Fim da linha.

Bastou pôr o primeiro pé dentro do bar e os olhares se voltaram para mim. Já passava das duas horas da manhã e fazia frio. O bar não era confortável, tampouco bem habitado. Sentei-me em uma mesa ao fundo do bar, afastado. Não queria observar nem ser observado, só queria encher a cara e esquecer o mundo. Larguei meu chapéu sobre a mesa e esperei que fosse atendido. Pedi whisky puro, sem gelo. Depois dos primeiros goles minha cabeça rodava tanto que só consegui achar graça.

As coisas passaram tão depressa e fugiram tanto do meu controle. Já fazia mais de quinze anos, mas parecia ontem, a imagem de um casal adolescente, que fazia juras de amor. Casamento, filhos, futuros empregos e cursos facultativos... Éramos eu e ela.

Aquela podia ser a última noite da minha vida e eu parecia não me preocupar. Meus melhores amigos estavam em um maço de cigarros amassado no bolso de trás da calça e a única pessoa que parecia me notar era o garçom que me atendera durante todo o tempo. Nada mais fazia sentido; nem as mortes que eu deixara pra trás, antes de me esconder no crepúsculo de uma mesa de bar. Era o pior e talvez o último dia da minha vida... E ela... Ela se casara.


Não faz meu tipo escrever essas coisas, mas me veio à mente e... Gol do Brasil, haha.


NOVELA MEXICANA VOLTOU!

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